sexta-feira, 16 de maio de 2008

1968: o ano que mudou o mundo

O ano de 1968 foi um ano marcante na história mundial. Assassinatos, revoluções, manifestações culturais, prisões... Com tantos acontecimentos relevantes para o mundo atual, foi lançado o livro 1968: o ano que não terminou, de Zuenir Ventura.

Indo do reveillon de 1967 à decretação do Ato Institucional número 5 (AI-5) no dia 13 de dezembro de 1968, ou como Zuenir mesmo disse, “A nossa história começa com um réveillon e termina com algo parecido a uma ressaca — ressaca de uma geração e de uma época.”. Ele conseguiu reconstituir de forma atraente os fatos que abalaram e transformaram o mundo em que vivemos.

No primeiro capítulo ficamos sabendo de tudo o que aconteceu no “Reveillon da Helô”, uma festa ao som de Roberto Carlos, Beatles, Caetano e Chico que mudou o rumo dos relacionamentos da época. Maridos batendo em suas esposas no meio do salão, discussões políticas e a sede de liberdade das mulheres.

Elas, mulheres da geração ‘pra frente’, começaram a se importar mais com elas próprias, atendendo aos seus próprios desejos na hora de se vestir, buscar uma profissão e na hora de escolher seus métodos contraceptivos. Atos que essas ‘guerreiras’ tomaram 40 anos atrás abriram caminho para uma maior igualdade entre homens e mulheres hoje.

Outro fato importante narrado por Zuenir, foi o acontecido no dia 4 de abril, na Praça Pio X, Igreja da Candelária, no dia da missa de 7° dia do estudante Edson Luiz, que havia sido morto com um tiro no peito por um PM. Houve uma grande pancadaria, e só não houve um massacre, segundo Zuenir, por falta de vítimas.

O autor definiu a geração de 68 como “uma nova geração que parecia disposta a deixar a marca de sua presença em todos os campos da História” e conseguiram. O ano de 1968 entrou para a história “senão como exemplo, pelo menos como lição”.

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